domingo, 21 de setembro de 2014


Segunda edição do quadro, contendo mais 10 dias, mais 10 bandas e ainda mais corvos.

Dia: 11 de Setembro
Banda: Gallowbraid
Nacionalidade: Estados Unidos
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Álbum: Ashen Eidolon
Ano: 2012 (Re-edição)

Capa:

Em 2010 lançava Gallowbraid seu primeiro projeto, um EP intitulado "Ashen Eidolon". Dois anos após o lançamento do mesmo, a "banda" (o projeto é de um homem só, Jake Rogers) decidiu relançar o EP, mas, com uma capa diferente e uma faixa a mais, "Stone of Remembrance". A primeira faixa tem o mesmo nome do EP e, contém 14 minutos de melodias magníficas, essas sendo tanto inspiradas no black metal como no folk. A seguir temos "Autumn I", que serve como um interlúdio e é muito mais voltada para o folk, contendo flautas e coros medievais. Dizem que o som ouvido nessas cinco músicas são muito parecidas com o som da banda Agalloch, mas, por não conhecer tanto da banda não farei essas comparações. O que é ótimo, visto que é o que mais tem por aí, comparações entre Gallowbraid e Agalloch. Prosseguindo então, chegamos a "Oak and Aspen", que está em muitos lugares escrito como "Oaken Halls of Sorrow", devido a um erro de impressão. Os vocais são ainda mais oriundos do black metal, sendo ainda mais ríspidos do que na primeira música. Além disso, os riffs são bem memoráveis, dando um destaque grande em comparação as outras. "Autumn II" É também bem recebida, por ser bem curta, mas agradável de se ouvir. A 5ª e última faixa tem uma mistura muito interessante nos vocais limpos e nos "guturais", que se intercalam, dando uma sensação muito particular de conforto pós-batalha. A gaita de fole presente aqui é igualmente interessante. O EP acaba em alta, com você querendo ainda mais. Eu diria que esse é um projeto mais voltado pro folk e pro lado atmosférico do black metal, com influências do metal negro, ao oposto de black metal com influências atmosféricas e folks. Apesar de ter 40 minutos, senti que foi pouco e que precisava de mais. Mal posso esperar para o próximo... "Ashen Eidolon" É recomendado principalmente para os amigos vikings, mas, qualquer aventureiro do metal poderá se surpreender ao escutar. Nota:

4/5 Corvos



Dia: 12 de Setembro
Banda: Thour Art Lord
Nacionalidade: Grécia
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Álbum: The Regal Pulse of Lucifer
Ano: 2013

Capa:

Thou Art Lord É um projeto criado por Sakis (Necromayhem), membro da Rotting Christ e, por Magus, membro da Necromantia, com o intuito de tocar black metal rápido e extremo. Na primeira faixa, "Nine Steps to Hell", nós já percebemos que o objetivo foi alcançado. O som lembra muito do início do black metal, mas, a banda adiciona diversos elementos que na época ou não existiam no gênero, ou eram extremamente raros. Existem três vocalistas aqui, Magus, Sakis e Gothmog, criando uma diversificação muito interessante. Em "Justicia Profana", por exemplo, conseguirá distinguir muito bem os estilos vocais diferentes. Quem escuta as bandas anteriores e atuais dos membros, conseguirá tranquilamente saber quem é quem. Eu, por outro lado, não consigo. Em "Das Messer", recebemos uma história deveras interessante sobre uma adaga que foi criada no inferno, usada para matar Caesar e selar o pacto de Faustus. Histórias verdadeiras e que não perdem o sentido caso a lâmina tenha sido realmente usada para tais proezas. Achei muito criativas essas referências à história. De um modo geral, as letras (criadas por Magus em sua maioria) são bem peculiares, apesar de satânicas, o que acaba deixando o ouvinte não só interessado no que o som transmite, mas também nas letras. E dá pra ver que isso não é uma mera compilação de faixas, tudo foi pensado meticulosamente, até mesmo a capa, da qual remete muito as letras da faixa "The Regal Pulse of Lucifer", que por sinal, é o nome do álbum. O teclado (El) dá um toque incrivelmente sombrio ao álbum. Aponto a faixa "Infernarium" como tendo o instrumento mais notável. Em "Artificial Malevolence" a velocidade da bateria (Maelstrom) é constante durante os quatro minutos. O baixo de Magus realmente não fez efeito algum pra mim, visto que eu mal o consegui ouvir. Não existe nenhuma faixa na qual o baixo se destaca, por momento algum sequer. Em "Fire and Blood", amantes de Game of Thrones terão uma surpresa muito agradável. Uma versão black metal suprema da introdução da série, com riffs magníficos e, que termina "The Regal Pulse of Lucifer" muito bem. Nota:

4/5 Corvos



Dia: 13 de Setembro
Banda: Agalloch
Nacionalidade: Estados Unidos
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Álbum: Faustian Echoes
Ano: 2012

Capa:

Eu estava um pouco atrasado para meus afazeres e, por esse motivo, escolhi um EP bem curtinho, com apenas uma faixa de 21 minutos (21:35). Mas não adiantou de nada, pois o projeto é excelente e, acabei ouvindo mais algumas vezes. A banda é uma das mais bem conceituadas da atualidade no que se trata de black/folk/doom/atmospheric metal. "Faustian Echoes" Já começa com o bom e velho black metal rápido e sinistro, mas, muda completamente em um curto período de tempo. Existem diversas mudanças de ritmo durante o EP, mas, elas ocorrem muito naturalmente. De melancólico para tenebroso para calmo, tudo acontece com uma fluidez enorme. Você facilmente conseguirá viajar para a atmosfera transmitida no som, não precisa nem de muita preparação, apenas um fone, um lugar confortável para sentar e talvez os olhos fechados e pronto, passará os próximos 20 minutos com Agalloch. Eu até compararia esse tipo de transe que você fica com algo vindo de Pink Floyd. É uma obra que é muito melhor digerida se for apenas escutada com calma, em um ambiente tranquilo. As letras são todas da peça "Faust" de Goethe. Ou seja, além de uma atmosfera única e contínua, "Faustian Echoes" ainda conta uma história, que é muito interessante por sinal. É difícil destacar os melhores momentos de cada instrumento por ser uma faixa só, então nem me darei o trabalho de falar sobre cada integrante que fez parte do EP. Só saibam que todos tocaram muito bem seus respectivos instrumentos. Nunca vi nada parecido com esse projeto. Agalloch Basicamente adaptou uma peça para o black metal e, ainda o fez com maestria. Os samples, outra coisa que é raramente usada no black metal, são do filme "Faust", filme de 1994 de Jan Svankmajer. Talvez eu até assista o filme para ver um pouco mais sobre essa obra. Álbuns que contém uma temática são em sua maioria meus preferidos e, vejo em Faustian Echoes o potencial de virar um dos meus projetos de black metal favoritos. Nota:

5/5 Corvos



Dia: 14 de Setembro
Banda: Hoth
Nacionalidade: Estados Unidos
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Álbum: Oathbreaker
Ano: 2014

Capa:

Hoth Tem dois possíveis significados. Um deles é referência a Star Wars, sendo Hoth o planeta de gelo em "O Império Contra-Ataca" e, o outro, relevante à mitologia nórdica, sendo Hoth o irmão cego de Baldr, que foi enganado por Loki para matar seu próprio irmão (imagem de um livro que possuo). Ambos os significados são pertinentes aos temas das letras. Outra coisa interessante é que apesar de Hoth ser formada por apenas dois membros (Eric Peters e David Dees), ninguém sabe quem toca o que exatamente. Pelo que entendi, "Oathbreaker" segue uma história linear sobre um ser que se tornaria o novo messias e, em algum ponto teve de escolher entre o bem e o mal. Estou supondo que, como as letras falam de Star Wars, que esse "personagem" seria Luke Skywalker, mas não posso confirmar nada, afinal, não só eu não assisti nenhum filme da franquia, como também as letras são vagas o suficiente para não nos "falar com todas as letras" quem é. Os vocais nesse álbum soam um pouco abafados, mas, são bem aterrorizantes e ríspidos. Uma das faixas que mais quebram esse padrão é a "Oblivion", que contém diferenças notáveis no volume dos gritos, se tornando então uma das músicas que dão maior destaque para a rispidez vocal. Os instrumentais hora parecem muito mais melódicos do que qualquer outra coisa e, muitos elementos do folk são introduzidos ao álbum. Na faixa "Cryptic Nightmares", por exemplo, temos um teclado muitíssimo interessante no começo, com um som bem tenebroso, lembrando muito os bons e velhos filmes de terror em casas mal-assombradas. O som que ouvimos aqui é uma amalgama de diversos gêneros. Inclusive, acho que poderíamos até incluir um "epic", além do folk, black e death metal, tudo isso sendo melódico e também sinfônico. É muita coisa. A bateria é rápida e sagaz, os riffs são memoráveis e contém uma ótima variação. Todos os instrumentos conseguem ser ouvidos com clareza e olha que são muitos hein. Dos mais diferentes, destaco o violão, que aparece de vez em quando e, meu instrumento predileto, o grande violoncelo (na faixa Acolyte of the Tenebrous Night)! Magnífico! Resumindo: Não é um álbum simplesmente de black metal e, se você realmente só gostar do som agressivo e brutal, pode passar reto por este projeto. Caso contrário, se prepare para uma jornada inigualável. Novamente, um álbum que pretendo escutar muitas vezes ainda na minha vida. Por ser um álbum conceitual muito criativo e com um som único, dou a "Oathbreaker" uma nota de:

5/5 Corvos



Dia: 15 de Setembro
Banda: Ghast
Nacionalidade: Reino Unido
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Álbum: Dread Doom Ruin
Ano: 2014

Capa:

Esse é o segundo álbum da banda e, foi lançado mês passado (obviamente Agosto, visto que a edição deste quadro é de Setembro, mas, preferi colocar pois sei que tem gente que não lê as coisas), mais precisamente no dia 18. Arrrrrrrach cuida da guitarra e dos vocais, enquanto Kz lida com a bateria e Myrggh do baixo. Nomes um tanto quanto... Interessantes?! Curiosidades:  antes de serem Ghast, a banda era conhecida como Souldust e, foi formada em 2004. Após 3 demos, os integrantes mudara o nome por simplesmente terem concluído que não gostavam do mesmo. Apesar de ter sido lançado esse ano, "Dread Doom Ruin" foi gravado em 2012. Chega de curiosidades, vamos ao som. A primeira faixa, "Hate Stone", me lembra o começo de algum show, onde a banda ainda está repassando o som antes de começar com a performance. Interessante esse conceito, acho que caiu muito bem no álbum, que a seguir, com "Fetival of Serpents" já começa pesada, mas logo já diminui o ritmo. A atmosfera densa e lerda acaba deixando a faixa que já 12 minutos, parecerem 20, entretanto, não ficou entediante de se ouvir. O que ouvimos em "Dread Doom Ruin" é uma mistura de black metal cru, doom, e sludge. Os vocais são definitivamente oriundos da crueza do black metal, enquanto o ritmo e a atmosfera são mais focados no doom e na mistura com sludge.  A faixa "Demons that Fled the Ferocity of Men" é ótima. O ritmo repetido da bateria com a melodia da guitarra, o acompanhamento do baixo e os vocais ríspidos e agonizantes, criam um som muito agradável de se ouvir. Talvez você acabe ficando cansado devido aos 13 minutos da música. Uma diminuída talvez fosse beneficial, mas, acredito que o intuito do gênero teria então perdido o foco, caso todas as músicas tivessem menos de 8 minutos. "Grave Cult Woe" Apresenta um ritmo muito mais rápido em comparação com as duas faixas anteriores e, alivia um pouco o clima pesado e sombrio que o álbum vinha tendo com outro tipo de escuridão mais agressiva. "Lost in Fog" Seria um intermédio entre a faixa de número 3 (Demonds that fled...) e a de número 4 (Grave Cult...), sendo agressiva, mas também lenta, principalmente com  a bateria. Por fim temos "Scorn and Death", que seria a mais extrema do álbum todo. Os gritos no começo, os riffs, o som acelerado...tudo é bem focado no black metal. Nota:

4/5 Corvos




Dia: 16 de Setembro
Banda: Striborg
Nacionalidade: Austrália
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Álbum: Foreboding Silence
Ano: 2008

Capa:

Striborg É uma banda de um homem só (Sin Nanna), que inicialmente se chamava Kathaaria, e começou suas atividades em 1994. 3 Anos, 3 álbuns e um split depois, o nome muda para Striborg. O nome vem do deus do vento na mitologia eslava. "Foreboding Silence" Começa com uma introdução normal de um minuto, que não tem nada de especial, mas não importa, pois é óbvio que ela só existe para fazer uma ponte entre o seu clique e o caos completo de "Lonely Walk in a Desolate Cold Pine Forest", que por sua vez tem quase 11 minutos. Esso sim é som da desolação, depressão e sofrimento de uma alma torturada. Sinistro do começo ao fim. O teclado pitoresco e sombrio, juntamente com os gritos agressivos criam uma atmosfera perturbadora. Essa, com toda certeza, é uma das músicas mais interessantes que já escutei. A faixa que carrega o mesmo nome do álbum (obviamente "Foreboding Silence") já não tem essa mesma potência da faixa anterior. Os gritos grotescos e ríspidos são muito estranhos e o ritmo dos instrumentos é mais lento, mas a faixa em si não é ruim não. Os intervalos, que estão distribuídos entre a maioria das músicas, são basicamente samples de filmes de terror (pelo menos foi o que eu ouvi por aí). Prosseguindo temos "Weeping Abandoned Spirit", que tem uma influência pesada do punk. Não gostei muito dela não. Sin Nanna Não parecia estar na sua zona de conforto. Após essa escorregada, temos a segunda intro do álbum, que é digna de estar em algum filme de terror pelo som tenebroso. "My Journey Through The Hills And Paddocks" Vem logo depois, contendo uma produção bem abafada nos sons e um vocal bizarro, mas não de um jeito muito bom. Parecem umas risadas, canções de ninar, sei lá, só que guturais. Sinceramente não entendi o motivo disso. A bateria, a guitarra, é tudo muito genérico e você mal consegue ouvir com clareza. Após essa esquisitice de jornada, temos a faixa "Somnambulistic Nightmares Return", que tem um ritmo fora de tempo entre a bateria e a guitarra. Outra que não faço questão de ouvir. O álbum todo é muito esquecível, entretanto, valeu a pena pela faixa de número 2. Caso ela não existisse, esse teria sido o primeiro álbum de black metal que eu não teria gostado. De qualquer maneira, "Foreboding Silence" é extremamente fraco, o que é uma pena, pois eu vi potencial. Nota:

2,5/5 Corvos




Dia: 17 de Setembro
Banda: Watain
Nacionalidade: Suécia
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Álbum: Casus Luciferi
Ano: 2003

Capa:

Watain Existe desde 1998, e, desde então vêm espalhando a palavra de satã por aí. O nome veio de uma música da banda "Von", que também toca black metal. Apesar de terem satã em comum, Watain, pelo menos em Casus Luciferi, mostra letras mais maturas, um baixo que faz toda a diferença (tocado por E.), riffs pesados (P.), bateria rápida e densa (H.) e, por fim, um vocal reminiscente do ódio (E. novamente), gerando um som muito coeso em termos de black metal. As letras, num geral, falam sobre como satã é o caminho para a verdade. Como na música "Devil's Blood", primeira música do álbum, que é sobre uma possessão demoníaca voluntária. "These words are not spoken by me, but through". Ótima maneira de se começar um disco, visto que tudo se encaixa. A possessão está completa e a partir daí é só desgraça. O restante do álbum prossegue com letras interessantes e que com um pouco mais de trabalho, poderiam transformar "Casus Luciferi" em um álbum conceitual, sem dúvida. Os riffs são especialmente memoráveis em "I Am the Earth", "From the Pulpits of Abomination" e na última faixa, que contém o nome do álbum. O baixo está sempre presente e, é um dos álbuns de black metal que mais bem utilizam o instrumento que eu já ouvi. A faixa que mais se destacou pra mim em termos de letras foi a "The Golden Horns of Harash", com versos incríveis, tais como: "For they live to die, we die to live/Our beginning is their end", que seria uma crítica a sociedade atual, que vive para morrer, sem sentido algum em suas vidas, enquanto eles descartam essa vida e morrem para poder começar a apreciar a existência, e, "So come forth, Lord of the triple number!", um jeito diferente de falar lúcifer que achei criativo e inusitado, pois muda aquela mesmice de 666 ou como alguns falam, 333. Uma coisa interessante que aconteceu foi que enquanto escutava isso, o dia começou a escurecer, isso em plenas 10:30 da manhã. O que causou uma atmosfera muito bacana pra minha experiência. Watain Mexeu com a atmosferao meu redor não só mentalmente, mas fisicamente também (embora eu saiba que uma coisa não tenha nada a ver com a outra e que mudanças climáticas ocorrem normalmente). Não que esse adendo tenha sido de importância alguma para o meu "review", mas achei bacana mencionar. Todas as músicas aqui contidas são parecidas, entretanto, são diferentes o suficiente para serem lembradas singularmente. "Casus Luciferi" Termina muito pacificamente também, com sons de chuva que te dão uma sensação de conquista ao finalizar. Ao todo são 50 minutos. Pra mim pareceram 30. Excelente álbum, que deve agradar tanto os fãs mais reclusos do gênero, como aos mais abertos. Nota:

5/5 Corvos



Dia: 18 de Setembro
Banda: Carpathian Forest
Nacionalidade: Noruega
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Álbum: Black Shining Leather
Ano: 1998

Capa:

Carpathian Forest É uma banda que surgiu em 1990, como Enthrone, mas que dois anos depois trocou para este que é o nome atual. "Black Shining Leather" Foi o primeiro álbum que a banda lançou. Exatamente 8 anos após a formação da mesma. Após isso eles tiveram uma onda até que produtiva, com álbuns em 2000, 2001, 2003 e 2006. De 2006 em diante, nada. Nenhum EP, nenhum single, absolutamente nada. O que me faz questionar o comprometimento que os membros tem com a banda. Acredito que os fãs já devem ter perdido a paciência esperando algo novo. Enfim... O álbum começa com a faixa de mesmo nome. As letras são ruins e preguiçosas e o som é bem genérico para uma banda da época. Felizmente isso muda com "The Swordsmen", que contém um baixo audível, um som cru e vocais bem legais. O som agrada durante as próximas duas músicas, mesmo essa segunda sendo uma bem fraca em termos de letras. Não acho que sadomasoquismo e sexo sejam temas que combinem com o black metal, mas o som é bom, então não tem muito o que reclamar. Após essas quatro músicas aparece "Lupus", que é um interlúdio até que interessante, mas não sei até que ponto era realmente necessário. O restante do álbum é muito coeso e agradável. A guitarra não é particularmente memorável. O baixo, não tem nada de especial (mas pelo menos conseguimos ouvir). A bateria não é nem muito rapida nem muito potente. O vocal talvez seja o que chega mais perto de algo que diferencie a banda de outras. Entretanto, tudo funciona muito bem junto. É um projeto sólido. Só tiraria o cover da The Cure, pois não apesar de ter ficado bom, não combina com o som das outras 10 faixas. A produção de "Black Shining Leather" é adequada ao gênero e agradará muitos dos que acham que black metal apenas tem que ser cru e reminiscente do som dos anos 90. Nota:

3,5/5 Corvos




Dia: 19 de Setembro
Banda: Diocletian
Nacionalidade: Nova Zelândia
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Álbum: Gesundrian
Ano: 2014

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Diocletian É uma banda da Nova Zelândia que mistura o death com o black metal, criando um som muito bárbaro e digno de ser incluído no sub-gênero "war metal". As letras são muito interessantes e criativas, tudo de uma forma violenta. O vocabulário de quem escreveu as letras é magnífico. Presumo que foi um desafio e tanto prover tantas palavras inusitadas para as letras... "Gesundrian" Começa com "Cleaved Asunder", que a princípio parece ser apenas uma introdução instrumental, mas que na metade da faixa já se transforma em um som digno de batalha. Tanto no começo como no fim, existem sons que te lembram de um cenário de guerra. No começo, as espadas se encontrando e no fim, bandeiras ao vento, simulando um possível encerramento dessa batalha. "Wretched Sons" Inicia com os gritos de L. Muir (tabém toca o baixo), que representam muito bem os gritos de batalha, aquele que vem do fundo do seu ser, do âmago, saindo da sua boca como uma representação do próprio ódio. Os riffs (B. Southwell e J. Baldwin) são pesados e lembram muito do bom e velho death metal, aliás, não só os riffs, mas a bateria (C. Sinclair) e o som num geral lembram muito esse gênero. O que mais bem descreve o som aqui ouvido seria um "blackened death metal", ou seja, death metal com influências do metal negro. As músicas que mais me chamaram a atenção foram; "Beast atop the Trapezoid" pela letra esquisita sobre um apocalipse alienígena, a mudança de ritmo que ocorre no final da música e, claro, pela brutalidade, "Zealot's Poison", pelo som que muito me lembra de algo vindo do brutal death metal e por fim, "Traitor's Gallow", que nos primeiros 5 segundos adicionam os elementos um por um, até chegar nesse caos barbárico. Resumindo, esse álbum tem ótimas letras, um som bem pesado, e é curto, com cerca de 35 minutos. Tudo isso aumenta e muito o nível de satisfação que você sentirá por ter decidido ouvir "Gesundrian". As 8 faixas, entretanto, contém esse mesmo ritmo e brutalidade, logo, se não gostar da primeira, dificilmente conseguirá ouvir as outras. Nota:

4/5 Corvos




Dia: 20 de Setembro
Banda: Dark Fortress
Nacionalidade: Alemanha
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Álbum: Venereal Dawn
Ano: 2014

Capa:

Dark Fortress É uma banda alemã que existe desde 1994. De 94 até 2001, lançaram apenas 2 projetos, sendo eles uma demo e um split com outra banda alemã, esta sendo a Barad Dûr. De 2001 em diante, só lançaram álbuns. Venereal Dawn é o 7º álbum da mesma e, foi lançado nesse glorioso mês de Setembro. E aqui vemos outro álbum conceitual, ou seja, Henry é um menino feliz novamente, tentando descobrir que história seria essa, que mais parece um livro pelo tamanho enorme das letras, do que um álbum musical. Não só isso, as músicas são em sua maioria longas, transformando este álbum de 9 faixas (10 com a bonus) em uma jornada de uma hora e dez minutos. A produção é excelente. Todos os instrumentos podem ser escutados com clareza. A princípio parece que tem muito a ser absorvido do álbum, desde o fator das letras que já mencionei, até o som em si. Quanto mais você ouvir algo, mais novos detalhes irá captar, obviamente, mas aqui isso é ainda mais verídico. Só na guitarra, por exemplo, já existe um mundo inteiro para ser descoberto, visto que os riffs variam bastante e ainda existem dois guitarristas na banda (Asvargr e V. Santura). Ouvi dizer que o conceito é baseado na obra "The Wounded Land", o primeiro livro da segunda trilogia da série "The Chronicles of Thomas Covenant", escrita por Stephen R. Donaldson. Só aqui já temos informações demais. As faixas que tenho que destacar são: "The Deep", que contém um instrumento de corda do qual não consigo identificar, mas que definitivamente faz da faixa uma das mais interessantes do álbum, "Chrysalis" com os vocais bizarros e um riff notório no final e "Betrayal and Vengeance", pelo simples fato de ser uma ótima faixa da qual gostei muito. "Venereal Dawn", Pra mim, é um álbum que precisa ser escutado diversas vezes para se chegar a uma conclusão definitiva e, como amanhã já tenho que escutar outro álbum, me falta o tempo de fazer isso e escrever sobre. Por enquanto, a nota é:

4/5 Corvos


Nos vemos daqui a 10 dias, para os últimos 10 álbuns!

-Henry de Luca

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